Publicado por: Keta Moço | julho 10, 2010

Gente Humilde

Publicado por: Keta Moço | janeiro 17, 2010

Pedro Moraes, um músico em busca do novo som

pedro moraes 1

Por Flávia Vasconcelos

Que a criatividade musical na Bahia é intensa, ninguém pode negar. Muitos ritmos desabrocharam de mentes inquietas, que não temem o novo, as experimentações e a mistura. E Pedro Moraes é uma dessas mentes baianas sempre efervescentes, faz parte de um grupo seleto de músicos soteropolitanos unindo refinamento e sabedoria musical à simplicidade de abrir-se a novas ideias, junto a novas gerações.

A música parece alcançar o seu íntimo como poucas coisas na vida. É como ele diz sobre o seu processo de produção “quando toco, nem pareço ser eu!”. Dono de uma sensibilidade ímpar, o músico possui uma sabedoria musical muito sólida, que vai desde a história da música em si e sua interferência na sociedade, até a prática, tocando música barroca, rock, tropicalismo, bossa nova, samba canção, além dos frevos que ecoam da guitarra baiana, seu preferido dentre os muitos instrumentos que sabe tocar. Sabe e tira deles o som que quiser e o que a imaginação pedir. Ele tem instinto musical.

Sempre apostando nas experimentações, foi um dos primeiros músicos a tocar na noite – ou nos bailes da vida, parafraseando Milton Nascimento – a música barroca, de um jeito bem particular e agradável ao seu eclético público. E essa iniciativa partiu da sua experiência ao ouvir os clássicos eruditos tocados por Armandinho, Dodô e Osmar no trio elétrico. Arriscou-se também, nos anos 80, a tocar os clássicos dos Beatles no bandolim, como nenhum outro músico tinha feito até então. “A maioria dos músicos não arrisca por medo da crítica”, observa. “Eu chegava no barzinho, ali na Visconde de Itaboraí (bairro de Amaralina, orla de Salvador-BA), com o bandolim, e um outro músico trazendo o violão, e o pessoal falava: vai ter chorinho ou samba. E não tinha nada disso, era Beatles mesmo. E o público gostou.”, recorda.

Pedro começou a carreira em 1978, aos 16 anos, levando para os pequenos bares as fortes influências da Bossa Nova, os clássicos de Maysa, e, paralelo a isso, as músicas de Gilberto Gil, Caetano Veloso e Os Novos Baianos. De perto, acompanhou Dodô e Osmar, toda a família Macedo e o pau elétrico, depois chamado de guitarra baiana, nos carnavais e nos ensaios, como um fã e admirador da habilidade e criatividade musical dos músicos que tinham reinventado o Carnaval baiano. Tornou-se, tempos depois, um exímio tocador de guitarra baiana e integrante do primeiro encontro, em 2007, do Clube da Guitarra Baiana em Salvador.pedro moraes

A guitarra baiana e o Carnaval

A sua relação com a guitarra baiana rendeu boas histórias, inclusive com Aroldo Macedo, que chegou até ele de uma forma inusitada e o inseriu nesse ambiente, que ele diz ser muito saudável. “Se antes eu já tinha paixão pela guitarra baiana, hoje eu tenho muito mais, porque não se vê estrelismo entre os músicos.” Após descobrir que a afinação da guitarra baiana coincidia com o instrumento que já tocava, e ver Luiz Caldas e outros artistas tocarem no Trio Tapajós nos carnavais, a banda Cor do Som e o trio de Armandinho, Dodô e Osmar tocando os frevos pernambucanos e as músicas clássicas de Mozart, Pedro resolveu experimentá-la e aprendeu a tocar o instrumento.

Pedro Moraes e Aroldo Macedo

Em 2006, após adquirir um bandolim encomendado, e tocá-lo em alguns ensaios com amigos, Pedro recebe em casa uma ligação, numa noite, de Aroldo Macedo, que se apresentou só como Aroldo, querendo saber um pouco mais sobre o bandolim. Pediu que tocasse o instrumento e, por telefone, Pedro tocou um trecho de uma música do próprio Aroldo, sem saber que o seu ouvinte era o compositor de fato. Depois de algumas músicas tocadas, segurando o telefone, Aroldo elogiou o que tinha ouvido e foi ai que Pedro reconheceu a voz. Querendo certificar-se de que a sua desconfiança era real, perguntou se o “tal” Aroldo tinha Macedo no nome e, após a confirmação, o nervosismo de fã veio à tona. Depois dessa conversa, marcaram um encontro, e Aroldo foi até a casa do músico para ver o dito bandolim.  Depois do encontro, Pedro Moraes se apresentou no primeiro encontro do Clube da Guitarra Baiana, sendo um dos convidados da festa organizada pela família Macedo, a mesma que ele tanto admirava quando era folião e acompanhava atrás do trio elétrico.

O Carnaval passou a ficar ainda mais presente na vida do músico. Segundo ele, a festa tem estado bem mais profissional, e a guitarra baiana, símbolo da festa, tem retornado ao cenário musical com a ajuda da família Macedo, com Armandinho e Aroldo, e também de músicos da nova geração, como a banda Retrofoguetes, que, em seus shows pelo Brasil, sempre reserva um espaço para tocar o instrumento, a banda Lampirônicos, entre outros artistas. E Pedro Moraes faz parte dessa comitiva pela redenção da guitarra baiana, sendo convidado para tocar em alguns shows.

Experiências musicais

Talvez a característica maior de Pedro Moraes seja a facilidade de experimentar vários estilos musicais. A sensibilidade e a intensidade com que faz seu trabalho permitem que ele perpasse por mundos diferentes. Um exemplo disso foi o período em que integrou um grupo de música árabe, tocando bandolim e, ocasionalmente, guitarra baiana. Saiu do grupo depois de quatro anos, mas continuou com essa vertente fazendo shows em eventos de dança do ventre e em teatros. Em 2008, fez apresentações no Teatro dos  Correios e  no Teatro Anchieta, acrescentando ao seu vasto repertório musical, e ao seu conhecimento sobre a história, o universo da música árabe. “De umas duas décadas pra cá, a forma de tocar música árabe mudou muito. Você ouve música eletrônica, salsa, tango e música francesa com levada de tambor árabe”, explica o músico.

Pedro Moares em show Tributo a Clara Nunes

Encantado com essa nova experiência, ele começou a compor, utilizando instrumentos de corda, como bandolim e a própria guitarra  baiana, misturando o árabe com o ritmo latino em músicas dele, como Flor de Guadalupe e O Fio de Ariadne, usando como mote a importância da mulher na vida de um homem, e Dança das Fadas, nunca gravada, que simboliza sua própria sensação de ver, ao lado de determinadas bailarinas de dança do ventre, uma fada dançando. “Como se fosse um anjo da guarda”, complementa.

Para Pedro Moraes, estar compondo é “como se fosse conhecer um novo amor”. A música, para ele, preenche algumas lacunas na sua vida e tem sido uma companheira inseparável. Mesmo com uma vida tão misturada à música e tendo construído uma bagagem invejável de repertório e conhecimento musical, Pedro sempre teve outro trabalho em paralelo, na área financeira e contábil, sem qualquer relação com a arte, para apenas pagar as suas contas. Afinal, além de ser o Pedro sensível, que altera os seus sentidos e sublima quando compõe ou toca um instrumento, ele também é um cidadão que assume compromissos comuns, como qualquer outra pessoa. Agora, Pedro Moraes tenta ser, por inteiro, realmente o que sempre foi: músico. E busca ainda mais se profissionalizar e divulgar o seu trabalho.

Atualmente, Pedro Moares se apresenta todas as quintas-feiras no bar Café & Cognac, no Rio Vermelho, às terças-feiras no Kebab, na Barra, além de fazer alguns trabalhos com a Escola Musical Center.

Contatos de Pedro Moraes:

Tel: (71) 9932-6161

E-mail: prlmoraes@hotmail.com

Myspace: http://www.myspace.com/pedromoraesmusico

Blog: http://www.pedromoraes.wordpress.com

Publicado por: Keta Moço | janeiro 11, 2010

Clube da Guitarra Baiana é lançado no Hotel da Bahia

Notícia publicada no Jornal da Mídia no dia 28/03/2007

Os admiradores e, principalmente, os músicos baianos, têm motivo de sobra para comemorar. Aroldo Macedo cumpre mais uma promessa e coloca em prática o Clube da Guitarra Baiana.

Numa iniciativa da Terra do Som Produções, o primeiro encontro dos músicos aconteceu na última terça-feira (27), no Hotel da Bahia. Um pequeno palco foi montado na área externa do Hotel, e nele subiram os integrantes da família Macedo, Armandinho, Aroldo, André e Betinho, que abriram a noite com música instrumental de excelente qualidade.

Nada muito ensaiado, apenas o encontro de gente que gosta de música e aprecia um bom espetáculo. Para a abertura da série de encontros, foram convidados apenas amigos e alguns parceiros da Terra do Som. Subiram ao palco nomes como Luiz Caldas, Pedro Moraes, Fábio Rocha, Jorge Brasil, Yacoce Simões, Emanoel, Ronaldo, Robertinho (Lampirônicos), João Pedro e Jana Vasconcelos. Em mais de duas horas de show, tocaram chorinho, rock’n roll, música clássica e até alguns hinos do carnaval, como ‘Chame Gente’.

A idéia de criar o Clube da Guitarra Baiana é de Aroldo Macedo, que está à frente da Terra do Som. Interessado cada vez mais em investir na divulgação desse instrumento, ele diz: “É importante mostrar que a guitarra baiana está viva”. Para colocar em prática os encontros mensais, Aroldo apostou primeiramente na parceria com o Hotel da Bahia, que já dura 4 anos e sempre deu bons resultados. Mas, como as apresentações acontecerão durante todo o ano, o Clube da Guitarra Baiana pode se apresentar em outros palcos de Salvador.

O Clube da Guitarra Baiana voltará a se reunir no fim do mês de Abril, no Hotel da Bahia, com encontros musicais inusitados.

Publicado por: Keta Moço | setembro 2, 2009

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